Oficina com fontes

Data da atividade: 

15/04/2014
  • Caderno de campo

Autor: 

  • André Ramos Ielo

            A meu ver, o projeto dos alunos teve um resultado muito positivo, tanto para nós, bolsistas, quanto para os alunos que participaram do projeto. Claro que não posso afirmar isso de modo geral, mas foi a impressão que tive ao fim do dia, quando refleti sobre as minhas anotações. Para justificar tal visão otimista, vou falar tanto do projeto “Descomemoração do Golpe de 64” quanto do nosso trabalho de análise de fontes, mostrando os possíveis resultados desse trabalho conjunto feito entre nós, do PIBID, com os alunos e o seu grêmio estudantil.

            O número de alunos presentes para o trabalho conjunto foi bem maior do que as minhas expectativas. Isso com certeza demonstra um sentimento de curiosidade por parte dos alunos sobre o que iríamos falar e fazer com eles. É claro que a presença deles também foi muito influenciada pelo grêmio e pelas atividades anteriores, mas, considerando os que ficaram após a nossa chegada, acho que nós também conseguimos cativá-los.

            O nosso trabalho não os afastou de nós, eles não saíram da sala, permaneceram presentes e trabalhando da maneira como havíamos explicado. Isso demonstra que, primeiro, eles se interessaram pelo que falávamos, e que estavam dispostos a ceder o seu tempo e paciência para aprender algo sobre o Golpe de 64. Um resultado muito promissor por parte de alunos que reclamavam por não terem tido aulas de história. Ora, se eles não vêm com bons olhos as suas aulas de história, por inúmeros motivos, mas se apresentam dispostos a rever os conceitos aos quais não tiveram acesso, ou foram mal trabalhados e entendidos, isso significa que eles querem aprender e reaprender; que querem exercer o papel que se espera de um aluno dentro de qualquer colégio: a disponibilidade mental e física para aprender.

            Em relação ao grêmio, eles me parecem serem uma ótima fonte de contato, não só pelas informações que devem ter sobre a vida dentro do colégio, como também por serem uma ótima ponte de conexão entre nós e os alunos; como ficou demonstrado nesse nosso trabalho conjunto que fizemos. Além do fato de eles se articularem de forma autônoma, buscando construir laços sociais e de trabalho conosco, do Pibid, ou seja, quererem que participemos de seus projetos e eles dos nossos. Mesmo que ainda não saibam do que trata o Pibid, não deixa de ser uma oportunidade única para irmos participando do cotidiano dos alunos dentro do Colégio Amaro Cavalcanti.

            Com tudo isso, não tenho dúvidas sobre a possibilidade de aprendermos muito com o projeto Pibid dentro do colégio; portanto, que continuemos a nos relacionar cada vez mais com os alunos e com aqueles que o representam. E o material que podemos produzir com os nossos trabalhos já feitos e os futuros vai gerar resultados únicos e de valor acadêmico relevante, ao menos na minha visão.