Conselho de classe

Data da atividade: 

11/04/2014
  • Caderno de campo

Autor: 

  • Layssa Bauer Von Kulitz

No dia 11 de abril, André Ielo, Ana Lúcia Milhomens e eu fomos para o conselho de classe do turno da noite das turmas de 6ª feira. Chegamos no colégio às 18h30 e fomos informados que a reunião começaria às 19h. Por volta desse horário fomos à sala em que aconteceria o conselho. Dentro da dita sala nos deparamos com sete caixas de pizza e oito garrafas de refrigerante, todos os quais foram gentilmente oferecidos (e muito bem-aceitos) a nós bolsistas.

Esperamos até as 19h30 para o conselho começar, pois estávamos esperando todos os professores chegarem, mas nem todos vieram. Percebemos que havia um bom contingente de professores novos na escola, pois muitos não se reconheciam e comentavam que havia novas caras no colégio.

Assim que o conselho começou, a diretora adjunta Deborah Zouain, também professora da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (Ebape) da Fundação Getulio Vargas (e que, por isso mesmo, possibilitou o contato com o colégio), iniciou a noite apresentando-nos aos professores presentes e concedendo-nos a palavra. Como meus colegas bolsistas não se mostraram dispostos a falar nesse momento, fiz uma breve introdução do nosso projeto do Pibid. Logo em seguida, o conselho foi iniciado oficialmente, com a presença, além da professora Deborah, de outra diretora adjunta, cujo nome não me lembro. Elas ditavam os números das turmas aos professores e anunciavam o número total de alunos de cada turma, assim como indicavam quais alunos haviam entrado ou saído da turma recentemente. As diretoras adjuntas perguntavam aos professores as questões que constavam da ata, que posteriormente foi dada para nós, bolsistas do Pibid. A ata, na verdade, é um formulário impresso dado a cada professor, com perguntas referentes à recuperação e à reprovação dos alunos, no bimestre em questão, além de apreciações das turmas. A partir da ata, as diretoras adjuntas perguntavam se algum aluno havia sido reprovado, se algum aluno não conseguiu recuperar a nota, se algum aluno havia evadido e assim por diante. Elas seguiram fazendo essas perguntas, primeiro, com as turmas regulares, até terminarem com as turmas do EJA.

Discussões maiores e mais aprofundadas acerca das turmas não tiveram lugar nessa reunião, que parecia ser bastante mediada por um ritmo de urgência e rapidez da diretora Deborah. Problemas na listagem dos alunos (nomes que faltavam na chamada, alunos recentemente matriculados etc.) eram claramente os assuntos prioritários, enquanto que problemas de relacionamento professor-aluno, ou problemas de atitude e investimento pessoal dos alunos não tinham tanto espaço.

 Muitos professores iam embora no meio do conselho de classe, já que suas turmas já haviam sido discutidas. Alguns vieram falar conosco ao final do conselho, perguntando mais sobre o nosso projeto e a nossa instituição de origem.

É assustadora a enorme fluidez com que os alunos saem e entram nesse colégio, ainda mais pelo fato de já estarmos no final do primeiro bimestre. Acho incrível que os professores ainda consigam trabalhar direito com as turmas com essas migrações constantes de alunos.