Primeira visita ao Ceac

Data da atividade: 

14/03/2014
  • Caderno de campo

Autor: 

  • Layssa Bauer Von Kulitz

No dia 14 de março, nós estagiários do projeto Pibid (Layssa Bauer, Felipe Macedo, Caio Pagin, Ana Lúcia Milhomens e André Ielo), tínhamos nossa primeiríssima reunião com a coordenadora do projeto, a professora Verena Alberti. Às 13h30 tivemos uma pequena conversa acerca dos objetivos, atividades e caminhos que poderíamos tomar e realizar.

Foi nos dado um manual de possibilidades de trabalho sugerido pelo portal da Capes, em que minicursos, palestras, excursões, olimpíadas escolares e entrevistas estavam entre as atividades sugeridas.

No presente projeto, a pesquisa nos arquivos do colégio e a feitura do site do projeto eram as únicas atividades de fato confirmadas até então; não sabíamos ainda o que poderíamos realizar com o professor supervisor do Amaro Cavalcanti e com seus alunos. Eu esperava que pudéssemos desenvolver coisas como grupos focais, entrevistas orais e questionários. Como nada estava confirmado eu sugeri tais atividades na reunião, mas tudo dependia da aceitação do professor supervisor e de seus alunos.

Perto das 15h fomos ao colégio ter um encontro com a diretora adjunta, contato que facilitou o convênio feito entre a Fundação Getúlio Vargas e o Colégio Amaro Cavalcanti, por ser uma professora da Ebape.

Ao chegarmos, fomos direto à direção para nos encontrarmos com a diretora adjunta. A sala, contudo, estava trancada. Como em minha limitada experiência no Amaro Cavalcanti, no estágio supervisionado, já tinha aprendido que a direção frequentemente se encontra trancada, levei meus colegas do projeto Pibid ao terceiro andar, na esperança de encontrarmos alguém da direção lá. Apesar da tentativa, fomos informados que a diretora adjunta havia ido embora no horário do almoço. Não sabendo se ela voltaria ou não, apesar de ter marcado a visita conosco às 15 h e de ter confirmado tal visita no dia anterior, resolvemos esperar no primeiro andar, com o intuito de não interromper a comemoração que os professores da tarde estavam fazendo na sala dos professores.

No primeiro andar nos encontramos com o professor supervisor do projeto, que se dispôs a ser nosso guia pela tarde. Começamos nosso tour pelo andar de baixo, onde havia as salas de aula de 1º ano, as duas salas de vídeo, a biblioteca, a secretaria, a direção, a sala de arquivo, a sala de informática, o auditório, a lanchonete, a área de estudos, o almoxarifado e um dos campos de educação física. A ordem da visita não seguiu a ordem de enumeração dos locais dada aqui; essa foi apenas a forma pela qual consegui me lembrar dos lugares.

No segundo andar só havia salas de aula, em grande parte do 2º e 1º anos. Finalmente, no terceiro andar havia salas de aula do 3º, 2º e 1º anos (além das salas da EJA, que são salas compartilhadas com essas turmas de ensino médio), a secretaria pedagógica e uma escada que levava a uma outra quadra de esportes localizada no telhado do prédio, se diferenciando da anterior (descrita no primeiro andar) por ser exposta, enquanto a primeira era coberta.

Em meio à visita, o professor supervisor falava da falta de funcionários no colégio, o que influi na manutenção e na disponibilidade de locais como a biblioteca, que, teoricamente deveria ficar aberta para a comunidade nos fins de semana. Falava também que grande parte das dependências da escola fica trancada e só pode ser aberta mediante o pedido de algum professor ou de algum funcionário.

Foi-nos informado que o refeitório disponibiliza o almoço para o turno da manhã, o lanche para o turno da tarde e o jantar para o turno da noite. A possibilidade de disponibilização de um café da manhã para os alunos já havia sido discutida pelos professores, mas acabou sendo deixada de lado. Um quadro ao lado da entrada da lanchonete anunciava o cardápio da semana aos alunos. Contudo, apesar da disponibilização dessas refeições, o espaço de alimentação parecia bem pequeno tendo em vista o enorme contingente de alunos que a escola comporta.

O Colégio Amaro Cavalcanti, dentro do circuito de colégios estaduais do Rio de Janeiro, é bastante bem equipado, tendo a estrutura para ser um grande colégio. Todavia, mesmo com um grande número de professores, livros, e espaços de educação, o colégio pena para se manter frente ao grande número de alunos e ao grande fluxo de entrada e saída de estudantes durante o ano letivo.

O professor supervisor, ao final do tour, começou a nos contar mais sobre a sua trajetória como profissional da educação, sobre seus métodos dentro de sala de aula e sobre os seus pensamentos e opiniões acerca do sistema educacional estadual e municipal.

Após termos uma conversa sobre nossas expectativas para o projeto, nos despedimos do colégio com a certeza de que seria bom para nós, bolsistas de iniciação à docência, assistirmos a aulas não só de história, mas de outras matérias também, para podermos nos familiarizar com o cotidiano de sala de aula. Ficou para a próxima reunião realmente definirmos os caminhos a serem tomados por nós no Amaro Cavalcanti.