Oficina com fontes
Data da atividade:
- Caderno de campo
Autor:
- Layssa Bauer Von Kulitz
No dia 15 de abril fomos ao Colégio Amaro Cavalcanti fazer a oficina de fontes históricas coordenada pela professora coordenadora Verena Alberti no evento de Descomemoração do Golpe de 64, organizado pelo grêmio estudantil da escola.
Como essa oficina só foi confirmada na 6ª feira, dia 11 de abril, e aconteceria no dia 15, o planejamento meticuloso do evento não foi possível. Mal conseguimos decidir a tempo as fontes que utilizaríamos. Nosso plano inicial era de usar fichas do Doi-Codi que alguns de nós havíamos visto nas aulas do professor Américo Freire, que estava fazendo um trabalho com algumas cópias (de acordo com a bolsista Ana Milhomens). Essa ideia, contudo, não foi adiante, pois o professor Américo não dispunha mais das cópias. Os bolsistas Caio Pagin e Felipe Macedo selecionaram, então, fontes diferentes para serem usadas.
Creio que um erro no nosso quase planejamento foi levar nove fontes diferentes para serem trabalhadas com os alunos, sem nem nos familiarizarmos com elas antes. Isso prejudicou e muito a dinamicidade dos alunos e a nossa capacidade de tecer a rede de relações históricas, tão necessária à análise de fontes. O nível de improvisação foi tanto que creio que, se não parecíamos completamente perdidos, ao menos estávamos inconsistentes e despreparados.
Quando chegamos no auditório, às 10h40 em ponto (horário combinado com o grêmio estudantil), havia bastantes alunos presentes, porque a determinação do colégio era de que permanecessem lá até o término da palestra de Wadih Damous, presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, da OAB-RJ, que havia sido convidado pelo grêmio. Terminada a obrigatoriedade de presença, muitos foram saindo do recinto assim que a professora Verena Alberti começou a falar e nós começamos a preparar as coisas para a oficina. Ainda assim pudemos contar com uns 20 alunos durante a atividade com fontes.
Após a breve introdução do grupo do Pibid pela professora Verena, pedimos aos alunos que se dividissem em grupos de quatro e que dessem uma lida nas cópias das fontes que trouxemos. Cada bolsista ia falando com grupos específicos, explicando as fontes (bem precariamente) e dialogando com os alunos acerca das maneiras com que o historiador lida e manuseia suas fontes históricas. Alguns de nós – Caio Pagin, Felipe Macedo e eu especificamente – fomos ao microfone fazer comentários sobre as fontes e a atividade desenvolvida.
Sugerimos aos grupos que anotassem quatro principais perguntas feitas a fontes históricas – 1) O que ela me diz? (2) O que ela não me diz? (3) O que eu posso deduzir? (4) O que eu quero saber mais a fundo? – e respondessem a partir da análise de uma das fontes dadas a eles. Ao final da atividade, o bolsista Felipe Macedo teve a ideia de anunciar que os interessados poderiam mandar suas respostas ao e-mail da professora Verena e que os grupos que o fizessem seriam convidados a visitar acervo do CPDOC.
Creio que essa atividade final, somada a uma possível atividade futura, costurou bem a oficina, além de ter animado e engajado alguns alunos a se envolver com o exercício e, mais ainda, conosco.